Rompendo o Ciclo de Violência
- Fabiana dos Santos Fernandes
- 16 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de out.
Romper o Silêncio: As Fases da Violência Doméstica
A violência doméstica nem sempre começa com um tapa. Muitas vezes, ela chega disfarçada — em forma de ciúmes, controle, chantagens emocionais ou discussões que parecem “normais”.Silenciosa, vai tomando espaço até que, quando percebemos, já estamos presas em um ciclo doloroso que parece impossível de romper.
Reconhecer os sinais é o primeiro passo para quebrar esse ciclo.Segundo o Instituto Maria da Penha (IMP), a violência doméstica costuma se manifestar em três fases que se repetem e se retroalimentam.
1. Fase da Tensão
É o momento em que o companheiro começa a demonstrar comportamentos agressivos diante de pequenas situações. Explosões de raiva, críticas constantes e atitudes controladoras fazem com que a mulher se sinta culpada, mesmo sem motivo. O ambiente se torna tenso e imprevisível.
2. Fase da Agressão
Aqui, a violência se concretiza — física, moral, sexual, psicológica ou patrimonial. O agressor perde o controle e a mulher passa a viver o medo em sua forma mais direta e devastadora.
3. Fase do Arrependimento — a “Lua de Mel”
Após o episódio de violência, o agressor se desculpa, promete mudar e pede uma nova chance. Essa fase, muitas vezes, traz uma sensação de alívio e esperança, mas, sem ajuda e intervenção, o ciclo tende a recomeçar.
Quando a tensão retorna, tudo se repete: tensão → agressão → arrependimento. Por isso, reconhecer o padrão é essencial para romper com ele.
💬 Busque Ajuda: Você Não Está Sozinha
Ao identificar que está vivendo um ciclo de violência, procure ajuda e construa uma rede de apoio com pessoas de confiança — amigos, familiares e vizinhos.
Você pode entrar em contato com o 180 – Central de Atendimento à Mulher, canal nacional e gratuito que oferece orientação e indica locais de acolhimento e assistência.
Também é possível buscar atendimento presencial em um Centro de Referência da Mulher, onde o acolhimento é humanizado e sigiloso, ou registrar a denúncia em uma Delegacia da Mulher (DEAM), solicitando medidas protetivas, quando necessário.
Recomeçar é possível
Conhecer seus direitos é o primeiro passo para se libertar. Lembre-se: você não está sozinha. Há redes, profissionais e mulheres prontas para te ouvir e te acolher.
Denuncie. Peça ajuda. Recomece
Fabiana Fernandes é advogada e faixa-preta em jiu-jitsu — combina força e sensibilidade para defender o que acredita. Especialista em Direito de Família e integrante da Comissão da Mulher Advogada, escreve no Blog Entre Laços As Maias sobre autonomia, relações e o poder do feminino em movimento.
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Seu artigo está excelente. A forma como você traz a realidade da violência doméstica com clareza e sensibilidade é muito importante. Falar sobre isso ajuda a informar, apoiar e dar voz a quem muitas vezes sofre em silêncio. Parabéns por abordar um tema tão necessário.
Que mais conteúdos sobre este assunto seja disseminado em todas as esferas da comunicação para que o medo dê espaço à coragem para manifestar casos assim que hoje ainda vivem em sigilo. Parabéns pelo conteúdo, Fabiana!!
Oss
Informações necessárias e que devem ser compartilhadas para o maior número de pessoas. Vamos quebrar esses ciclos! Ótimo trabalho Fabiana!
Parabéns pela iniciativa e o conteúdo Fabi, muitos mulheres passam por essa situação e as vezes não tem essa informação como orientação.
Top 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Texto com base e fatos que precisam ser repassados, ainda mais no país que a gente vive, cheio de pessoas maldosas e mal intencionadas, que a gente não percebe ser uma ameaça, parabéns pelo texto de conscientização, muito show🤩